edição feminista, afetiva e sustentável
“Corajosamente, a autora mergulha num mundo de homens para entrevistar presos e identificar aspectos sobre a dinâmica da vida na prisão, recuperando histórias de vida e buscando apreender a capacidade de as facções internas que comandam a prisão dirigirem sua atuação para além dos seus muros (…).
Em uma linguagem límpida e fluida, essa publicação mais que oportuna no tempo presente cumpre um papel importante no sentido de problematizar questões da realidade da prisão, enquanto parte de uma totalidade do sistema de Segurança Pública e, portanto, da Garantia de Direitos Humanos. Vale destacar que, em nenhum momento, a pesquisadora se furta às polêmicas e a se posicionar criticamente sobre a intervenção estatal diante da expansão e domínio das facções criminosas dentro das prisões. Pelo contrário. A riqueza da sua investigação e o caminho de volta que ela realizou conferiram ao seu trabalho fundamentar seus supostos argumentos, adensar suas conclusões e propor alternativas – ainda que no interior desse projeto societário – para reafirmar direitos e para impedir a expansão das formas que ampliam a barbárie da vida social.”
– do prefácio de Angela Santana do Amaral
“Bruna (re)conhece a dinâmica do sistema punitivista, identifica suas limitações e sugere que as questões que permeiam a restrição da liberdade sejam refletidas com profundidade – provocações que direcionaram a sua experiência acadêmica e profissional. A empatia traduzida pela autora em seu texto se evidencia, sobretudo, no olhar detido ao outro que nos interpela (faccionado ou não, sendo isso um adjetivo menor), no Rosto de quem nos espelha e nos demanda responsabilidade (jurídica, inclusive). Contribuição que a autora (felizmente!) optou por tornar pública na esperança de, ao contornar os silêncios sermos, também nós, sensibilizados pelas dores da prisão.”
– da apresentação de Cristina Rego de Oliveira
Apresentação
Prefácio
Introdução
PRIMEIRA PARTE
1. A PRISÃO
1.1 A privação da liberdade enquanto pena
1.2 Entre avanços e retrocessos: peculiaridades da prisão no Brasil
1.3 Da Casa de Correção aos Centros de Ressocialização: multiplicação e interiorização das prisões em São Paulo
2. O PRESO
2.1 Identificação, normatização e relações interpessoais
2.2 O crime fortalece o crime: criminalidade de grupo e facções criminosas
2.3 A semente do Comando se espalhou por todos os Sistemas Penitenciários do estado
SEGUNDA PARTE
3. O CAMPO
3.1 Primeiros passos
3.2 Pesquisa viva: sete dias na prisão
3.3 Leituras, vivências, fragmentos e compreensões: reconstruindo o mosaico da pesquisa
Conclusões
Referências
ano 2024
296 páginas formato 16×23
ISBNs 978-65-84685-46-8 (impresso) 978-65-84685-47-5 (digital)
edição Bruna Schlindwein Zeni revisão ortográfica Ariene Cristina do Nascimento capa Victória Cortez projeto gráfico e diagramação Manoela Dourado