edição feminista, afetiva e sustentável
“Neste livro, eu não permiti que o medo me silenciasse e, desse modo, convido o/a leitor/a a enfrentar os seus próprios temores e crenças para que possamos juntas/os abrir algumas fissuras dentro de nós mesmos.
Débora Diniz (2022, p. 134), ao refletir sobre o verbo reparar, explica que ´a reparação feminista tem início quando uma mulher se afeta pelo sofrimento de outra´. O meu convite é para que juntos/as possamos nos afetar pelas angústias que atravessam a maternidade e para as violências presentes nos itinerários do aborto, que marcam a vida de milhares de mulheres, algumas iguais a nós e outras tantas tão diferentes.
É preciso reparar naquilo que até então não notamos, em decorrência das práticas patriarcais que silenciam, não nos deixam ver e nos fazem esquecer. Eu parei e reparei, busquei enxergar o que é naturalizado pelo poder patriarcal, colonial e racista e ofereço a você, leitor/leitora, novas lentes de leitura e um olhar situado e preocupado com a pluralidade, pois acredito na possibilidade de construção de uma outra epistemologia e no enfrentamento da criminalização do aborto por meio de outros vieses, com referências não hegemônicas e outras sensibilidades.”
ano 2023
220 páginas formato 12×18
ISBNs 978-65-846851-8-5 (impresso) 978-65-84685-19-2 (e-book)
edição Bruna Schlindwein Zeni revisão ortográfica Samanta Rodrigues capa | projeto gráfico Laura Guidali Amaral
Nota da autora
Introdução
1 Colonialidade de gênero e maternidade compulsória
1.1 Aportes para um feminismo decolonial
1.2 Colonização discursiva da pauta descriminalizadora
1.3 Imposição colonial da maternidade
2 Criminalização do aborto e o controle dos corpos femininos
2.1 Criminalização: aspectos históricos
2.2 Aborto legal: é preciso resistir
2.3 Aborto no STF: é possível esperançar
3 Feminicídio reprodutivo e a necropolítica de gênero
3.1 Conceito e tipologias
3.2 Feminicídio reprodutivo
3.3 Necropolítica de gênero
4 Uma proposta de descolonização do direito penal
4.1 Vidas matáveis
4.2 Coculpabilidade do Estado colonizador
4.3 O aborto sob o prisma dos direitos humanos
Conclusão
Referências